Matéria produzida por Albino Marta e Ana Clara Souza, alunos do projeto “Imprensa Jovem EDUCART”, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Jairo de Almeida, em São Paulo (SP). Foto por Isabella Costa.

Este texto é parte da cobertura educomunicativa produzida durante o II Congresso Internacional de Comunicação e Educação, promovido pela ABPEducom e NCE/USP em novembro de 2018.

Formada em Comunicação Social, Publicidade e Jornalismo, Vânia Beatriz é pesquisadora na Embrapa em Rondônia e incentiva a valorização da biodiversidade amazônica com um projeto de Educomunicação dentro das escolas.

Vânia trabalha há quase 20 anos na região da Amazônia e explica sobre seu trabalho: “Eu tenho trabalhado com escolas para popularizar a ciência. Faço parte de uma equipe de pesquisa florestal e levo o resultado das pesquisas dos engenheiros florestais para a sociedade.”

Ela ainda acrescenta trabalhar com o tema floresta por ser o que está mais próximo da sociedade, quando se fala, por exemplo, de neurociência  poucas pessoas  se interessam, mas quando você trabalha a questão climática é algo que logo se relaciona com os impactos ambientais que estão presentes em seus cotidianos. “Então nesse sentido, a gente trabalha com a metodologia que usa o discurso da música amazônica para fazer reflexões sobre questões ambientais como desmatamento, queimada e o esgotamento d’água”. E a partir disso há uma discussão nas oficinas montadas dentro das escolas sobre o que a ciência faz e simultaneamente o que a sociedade pode fazer, explorando com os alunos principalmente o aspecto de que precisam pensar além dos seus cotidianos, coisas como escovar os dentes com a torneira fechada e economizar a água durante o banho já devem fazer parte das atitudes diárias de conservação do meio ambiente.

As oficinas produzem vídeos com possíveis soluções para os problemas ambientais como produto final de seus trabalhos. Quando perguntada por que da utilização desse recurso midiático para a divulgação de seu trabalho, Vânia responde que antigamente era muito caro produzir um vídeo e hoje é fácil o acesso a esse recurso, podendo ser produzido um vídeo com um celular e sendo esse um dos fatores para a escolha deste meio como divulgação. “A nova geração está muito ligada nesse recurso audiovisual […] eu acredito que esses conteúdos sejam a melhor forma de divulgação e existe também o desafio de que hoje o vídeo precisa ser curto, e quando fazemos um videoclipe o tempo de vídeo corresponde ao tempo da música e isso facilita.”

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